Quer conversa mais chata do que mãe que adora falar dos filhos? Pois é... O papo é filho...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

CABELOS BRANCOS


Hoje, na hora do almoço informei aos meninos que iria ao cabeleireiro cortar o cabelo.

- Vai tingir esses cabelos brancos? – perguntou Davi já verificando a mecha branca enorme que tenho na frente.

- Não. Só vou cortar.

- O que? Quer que todo mundo veja como você está velha?! - Indignado.

- Claro, Davi! – defendeu Arthur (ou quase...) – Assim é melhor. Quando a gente for no shopping para na vaga para idosos. É bem melhor e é mais rápida. – decidiu ele.

Davi concordou...

Qual o problema de ter cabelos brancos?!

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Foto tirada por André Martin há uns 5 anos. A mecha da frente ainda era pouca...



quarta-feira, 24 de março de 2010

SÓ E DESAMPARADO

Outro dia passei mal, muito mal, mesmo.

Os meninos, evidente, ficaram preocupados, mas mantiveram uma distância segura para não ter que se envolver demais com a "pobre doente".

Então, Arthur, vendo que melhorei ligeiramente, foi lá perguntar se eu estava melhor.

- Que bom que você melhorou, mãe.

Antes que saísse do quarto, resolveu perguntar uma coisa que o estava incomodando:

- Mãe, você tem seguro de vida?

- Não sei... Acho que não. O papai que cuida disso.

- É... Se não tem, seria bom pensar sobre isso. Sabe, é que se acontecer alguma coisa, se você morrer, pelo menos a escola está garantida, entendeu? Você morre, mas deixa algumas pessoas mais confortadas.

- Eu vou pensar no assunto. - querendo rir, mas ainda estava mal para isso.

Se eu não o conhecesse diria que ele é um capitalista da pior espécie.

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Foto tirada daqui.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

TIO PATINHAS


O meu menor é muito "equilibrado" no que diz respeito a dinheiro. Dificilmente o verá jogando dinheiro fora, ou comprando coisas que ele não vá utilizar.
Há pouco tempo economizou para comprar um PlayStation. Não era o que ele queria, mas o dinheiro que ele conseguiu deu para comprar aquele.
Outro dia ele queria comprar um jogo de R$30,00. Só estava com R$a5,00. Então pediu-me emprestado o restante porque devolveria assim que chegasse em casa. Claro que emprestei - ele sempre me empresta quando preciso.
Então, na hora de pagar o pai chegou perto e perguntou se não podia pagar com cartão. Imediatamente ele tirou o dinheiro da mão da caixa e entregou o cartão do pai. Devolveu-me o dinheiro. Como eu tinha pego o dinheiro do marido, entreguei para ele. Ou seja, para o meu filho o ciclo tinha se fechado e ele não tinha que pagar nada.
Agora eu estava perguntando para quem ele tinha pago os R$30,00. Porque, afinal, alguém tinha ficado sem o dinheiro. Ele pensou, pensou e teve que concordou que ele estava dando calote.
- Mas, mãe, eu não tenho R$30,00! - disse com convicção.
Levou-me ao quarto dele, abriu o cofrinho e de lá foi tirando uma a uma as notas de dinheiro - todas de R$50,00!!
- Você tem R$260,00 neste cofrinho!! - disse eu, espantada.
- Viu? - disse confirmando o que eu via - Não tenho R$30,00. Só R$260,00 e em notas de R$50,00 e uma de R$10,00! Não dá para pagar deste jeito!
Deu as costas e foi brincar com um sorrisinho safado. Mas ele paga...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

INSPIRAÇÃO


Num final de semana já muitíssimo distante os meninos passaram num acampamento promovido pela igreja.

Era o segundo da vida deles e posso dizer que ficaram em dúvida sobre qual deles mais gostaram.

Sem dúvida alguma, do que mais gostaram, realmente, foi ficar longe de papai e mamãe e da eterna ladainha de "coma", "vá tomar banho", "saia daí", "venha cá", "essa roupa, não" e coisas do gênero.

As histórias do que aconteceu por lá eu acabo sabendo através dos "tios". Se depender de Davi e Arthur eu acabo escutando"por que você não foi lá?" e acaba por isso mesmo.

Mas, enfim, o Tio Fernando me contou uma.

Estavam todas as crianças reunidas e o palestrante estava contando a história de Noé e o dilúvio (aliás, neste exato momento chove barbaridade por aqui).

Num dado momento, ele comenta que no tempo de Noé as coisas não estavam tão diferentes dos dias de hoje. Se lá havia muitos problemas, hoje também eles existem. Mesmo dentro de nossas casas existem problemas. Neste ponto, ele incentivou as crianças a falarem os tipos de problemas que podem existir dentro de casa.

- Separação. – disse uma criança.

- Vício. – disse outra.

Davi, que estava prestando atenção na palestra, vira para o tio Fernando e comenta:

- Lá em casa, o problema é quando quebra o aspirador de pó da mamãe.
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Foto tirada daqui.


10/11/2003

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

BEIJO



Este fato aconteceu precisamente em 28/08/2000. Davi tinha 4 anos. A novela da época era Laços de Familia, com Vera Fisher .

Dificilmente assistíamos televisão, menos ainda novelas. Entretanto, num daqueles raros momentos em que a familia está junta na sala e liga a televisão, lá está a novela.

Assim, nem sei bem porque a personagem de Vera Fisher dá um beijaço no ator que naquele momento fazia o par romântico com ela.

Davi não deixou de perceber que o beijo era diferente.

- Pai, por que ela tá mordendo ele?

Nesses momentos gostaríamos do "manual de respostas" por perto...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

FILHORINHAS

Filhorinhas são aquelas historinhas que nós, mães, adoramos lembrar, contar, recontar, até o filho, já cansado de passar vergonha perto da namorada, diz que estamos ficando velhas.

Então, antes que meus filhos digam isso, resolvi abrir o blog. Mesmo porque, tenho certeza que muitas mães tem muito mais histórias que eu e adorariam colocar em algum lugar, para ficar registrado que ela nunca esqueceu o que aquela "pestinha" aprontou com ela.

Os meus registros são desde 1995, quando o meu mais velho nasceu. Sim... Sou uma mãe perversa! Guardo para um dia lançar na cara dele o quanto ele aprontou comigo. Serei um dia sogra e avó!

Entretanto algumas são ternas, inesquecíveis, daquelas que dá vontade de beijar aquele rostinho, que agora está cheio de espinhas, e dizer "meu bebê"!... É claro que ele vai odiar isso!

Assim, enquanto eles não tiverem idade suficiente para serem pais e rirem e chorarem com seus próprios filhos, fica aqui o meu registro das tantas vezes em que nos surpreenderam, fizeram-nos felizes, nos deixaram desconsertados, orgulhosos, perplexos...

E se alguém mais sentir vontade de contar as suas tantas experiências – quer como pais, quer como filhos, estejam à vontade. A casa é nossa!