O meu menor é muito "equilibrado" no que diz respeito a dinheiro. Dificilmente o verá jogando dinheiro fora, ou comprando coisas que ele não vá utilizar.
Há pouco tempo economizou para comprar um PlayStation. Não era o que ele queria, mas o dinheiro que ele conseguiu deu para comprar aquele.
Outro dia ele queria comprar um jogo de R$30,00. Só estava com R$a5,00. Então pediu-me emprestado o restante porque devolveria assim que chegasse em casa. Claro que emprestei - ele sempre me empresta quando preciso.
Então, na hora de pagar o pai chegou perto e perguntou se não podia pagar com cartão. Imediatamente ele tirou o dinheiro da mão da caixa e entregou o cartão do pai. Devolveu-me o dinheiro. Como eu tinha pego o dinheiro do marido, entreguei para ele. Ou seja, para o meu filho o ciclo tinha se fechado e ele não tinha que pagar nada.
Agora eu estava perguntando para quem ele tinha pago os R$30,00. Porque, afinal, alguém tinha ficado sem o dinheiro. Ele pensou, pensou e teve que concordou que ele estava dando calote.
- Mas, mãe, eu não tenho R$30,00! - disse com convicção.
Levou-me ao quarto dele, abriu o cofrinho e de lá foi tirando uma a uma as notas de dinheiro - todas de R$50,00!!
- Você tem R$260,00 neste cofrinho!! - disse eu, espantada.
- Viu? - disse confirmando o que eu via - Não tenho R$30,00. Só R$260,00 e em notas de R$50,00 e uma de R$10,00! Não dá para pagar deste jeito!
Deu as costas e foi brincar com um sorrisinho safado. Mas ele paga...